Eita meu Pai!

O bom (ou o ruim?) de ter um pai como o meu é que ele faz todas as minhas vontades culinárias. Vai do salmão na terça-feira ou um bolo de chocolate na quinta.



A desvantagem é sempre ter que ouvir coisas do tipo:


- Eu crio uma baleinha!


Ou:


- Você está muito gorda!


Ou:


- Quantos kg você engordou depois que veio pra cá?


Já que não tem jeito de fazê-lo parar de nos agradar culinariamente (digo “nos agradar” pois ele entope minha mãe de pé de moleque e depois acha um absurdo a glicose da coitada estar no limiar do absurdo), resolvi bolar uma resposta foda para a próxima frase de mal gosto. Os comentário do meu pai o colocam no posto de um fazendeiro extremamente satisfeito com a engorda dos seus porquinhos.


Pois bem, eis que chega a hora:


- Nossa senhora! Balionaaaa!


(Rá, peguei!)


- Se me acha tão gorda assim, pague uma academia pra mim!


- Pago!


- ¬¬’


Fiquei meio boquiaberta com minha burrice. É claro que ele pagaria. Ele inconvenientemente sempre faz as minhas vontades, mesmo que não seja bem minha vontade. Droga!


Mas será legal, eu espero.

Água e Sal ou Cream Cracker?

Hoje eu descobri que a diferença entre cream cracker e água e sal não está nos ingredientes, nem na embalagem e muito menos (como havia eu pensando em meio ao cansaço noturno) no formato do biscoito. A diferença vem sim de um ingrediente, mas não na presença ou na ausência dele, mas na quantidade. É a nossa querida gordura.

No cream cracker a gordura é de 16% contra 7% no água e sal. Em calorias, isso representa 32 contra 27 calorias por biscoito. Não sei se faz diferença, mas o água e sal (mesmo com uma cobertura indecente de calórica) me fez mais leve. Dizem as más línguas que o cream cracker tem mais gordura pois assim adquire uma consistência mais crocante. Pois de biscoito em biscoito, acredito que prefiro os que não só fazem barulho.



Água e sal pra cá, cream cracker pra lá. Que as calorias venham no recheio, pois, ele vazio entala na goela.

 Calma gente... É só uma dica gastronômica! Juro!

Ruga

- Levanta...
- Pra quê?
- Pra eu poder arrumar o lençol!
(Voz extremamente irritada)
- A nããão, prefiro assim. Detesto lençol enrugado*!
- O.O


*E eu ainda acho isso uma gracinha!

09/AGO/2009 em tópicos

· Acordar de mau humor.

· Ficar feliz em entregar ao meu pai o presente de dia dos pais (que eu não sabia o que era) e (re)entregar um cartão faça-você-mesma de quando eu tinha 8 anos de idade escrito assim:

“Pai, o maior e mais bonito dos poemas se resume em 3 palavras: Eu Te Amo.

Pai, você é o melhor pai de todo o universo.”

Mais abaixo um coração feito com cola e muita purpurina verde.

· Desfrutar o deleite paterno.

· Receber feliz aniversário desejado por todos e lembrar que é meu aniversário.

· Fingir não escutar minha mãe dizendo pra eu sair do computador.

· Conversar com os primos.

· Convencer o primo mais novo que Rock é vida!

· Ser convencida pelo primo mais novo que Beyoncé é interessante.

· Comer churrasco.

· Ter um orgasmo tecnológico com novos plug-ins.

· Descobrir que os 10Kg de lixo produzidos diariamente por mim ficam na mesa do meu computador.

· Tentar ficar feliz com minha comida predileta em dias especiais.

· Almoçar em família.

· Sentir falta de muitas pessoas.

· Tentar convencer a Nina de que ainda não era hora de ganhar comida escondido.

· Tomar uma cerveja e não se sentir bem.

· Comer muitos docinhos e não se sentir bem.

· Esboçar um sorriso na hora de cantar os parabéns.

· Sentir falta de alguns aniversários anteriores.

· Notar que o meu bolo não tinha cobertura pq era a única coisa que eu tinha que fazer e não fiz.

· Descobrir que eu traficava sal de cozinha em saquinhos de geladinho por 50 centavos para a vizinhança.

· Passar mal de tanta comida.

· Dormir e não ver as pessoas indo embora.

· Ignorar alguns fatos.

· Chorar.

· Sentir saudades.

· Ouvir Queen e chorar mais um pouco.

· Ir pro pub e tomar mais cervejas.

· Comemorar meu aniversário comigo mesma, pois, naquele lugar, intimamente, só eu sabia.

· Chegar em casa um pouco alta.

· Descobrir que não estou feliz onde estou.

· Chorar até dormir.

Butilbrometo de Escopolamina Composto

Hoje aquela dor, insuportavelmente persistente, resolveu me visitar para deixar o seu recado: Não adianta beber 1,5L de água diariamente, eu sempre estarei com você até o fim deste processo.

Não há o que você faça, não há o que você engula (orgulho com 3 buscopans), não adianta o chá, não adianta chorar. Ela sempre estará comigo.

A música me alivia um pouco, mas essa dor é como supostamente um leonino deveria ser: uma hora ou outra ela vai pedir sua atenção. E você vai ceder. (andei lendo sobre signos e coisas astrais, já que o interesse veio após ser chamada de “equívoco astrológico” por uma amiga).

Mas essa dor me fez repensar algumas coisas, me fez rever a minha atual vida, me fez rever minhas saudades, me vez rever até algumas atitudes. Isso acontece por que ela, a dor, não te deixa fazer mais nada e a sua única alternativa é desviar seus pensamentos pra outro ponto, essa dor te obriga a pensar.

Meus amigos estão longe. Meus segredos estão guardados em um lugar onde não tenho mais as chaves. Estou livre, mas não sei o que fazer com essa liberdade involuntária que ganhei.

Não quero listar meus pensamentos, são e foram muitos.

A questão é que não é nada agradável quando parei pra pensar e descobri que, no momento, eu não sou feliz.

Desculpem-me, mas hoje eu não conseguir dar humor ao texto.

Bu!

Assustar a minha mãe está se tornando um ato prazeroso com uma grande evolução de condicionamento comportamental, quase um behavourismo.
Tudo começou com um simples bu! Ela quase morreu do coração mas me diverti com os pulinhos...
Com o tempo fui evoluindo, agora ela já se assusta com a minha presença inesperada ao lado dela e com a minha sombra... Mas ainda acho que o melhor resultado referente a minha evolução foi quando ela se assustou com o telefone tocando... Tá certo que o volume está mais alto do que o de costume, mas...

Próximo passo é uma aranha de plástico... Creio que daqui algum tempo ela já estará pronta para se assustar sozinha.


Sim, cabeça vazia, oficina do demo!

Bolo.

- Ah mãe... eu gosto da quininha do bolo!
- Por isso fiz na forma redonda! Uma quinona! = )
- ¬¬'
- [...]
- Cala a boca Nina! ¬¬'

Pela estrada a fora, eu vou NADA contente.

- [...]
- A pé?
- [...]
- Nina... Meio dia agora! Sol na cabeça não vale.
- [... ... ...]
- Mas eu não sei o caminho!
- [...]
- Verdade, vc já fez o trajeto sozinha... Vc tá certa, é bom pra pensar.

Caminhar é um dom, ser livre pra ir e vir quando quiser e a única coisa que vc gasta são calorias. Mas ainda acredito que tudo com exagero faz mal, de uma forma ou de outra.
Entender o que a sua poodle diz é um dom, ter em quem confiar e descarregar sua emoções baratas é um lugar aconchegante. Mas ainda acredito que deixar o seu cão acreditar que é gente faz mal, de uma forma ou de outra.

¬¬'
Lembrem-me de nunca mais fazer isso.