sexta-feira, 19 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

1º Elogio a mim mesma

Andar de mãos dadas pela vida com alguém, no meu caso, é sinônimo de força. Ou talvez um simples fato de crença, exercício de direito ao amor carregado pelo ser humano. Força?

As mãos que já segurei em minha vida, vida curta, com o tempo viravam areia e, escorregadiças, escapavam-me entre os dedos. Concreto. Eu. Regionalizando, aço.

Amei, amo, e sempre amarei. Amo tanto que até esqueço que direciono tal sentimento à seres tão humanos e complexos quanto eu. A simplicidade que enxergo em mim, a facilidade de soluções óbvias que carrego como fardo, me tampam o raciocínio e me fogem ao fato de que tal simplicidade é só minha, só eu a vejo e só existem para mim. Sou humana e complexa, mas não para mim. Amo e sei que, depois que a luz resolve me devolver a razão, ninguém é obrigado a aceitar esse meu amor. Não mesmo!

Tenho desejos, ansiedades, pressas. E eu sei que nessa corrida só eu estarei no podium. O cavalo sou eu. Fica chato ser melhor que algumas pessoas. E isso não é absurdo nenhum! Contenha-se. Sou pior que muita gente. Quem decide isso? Melhor ou pior? Eu mesma! E alguns fatos. Meus. Guardados. Porém, fatos.

Mas o que eu dizia mesmo? Ah! O amor. Foda-se.

Amor a gente só tem um na vida. Foda-se também. Quero ter vários. Não terei. Já tive. Mas esqueço disso e fico bem. Muito bem.

Vida. Amor. Eu. Eu me canso. Faço cansar tb. Cansei de escrever sobre isso. Isso, amor. Próximo post escreverei sobre Depilação Indiana.

*Coca-cola demais não me faz bem.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Filtro.

De repente tudo fica parado. Sabe quando só vc fica em foco? Então, estou assim. Em foco e embaçando muita coisa ao meu redor.

Essa sensação de não ter o que achava que tinha e sentir falta do que nunca tive não me faz bem... Tem gente que consegue viver assim: Ser feliz achando que tem o que acha que tem... mas não tem.

Antes eu direcionava isso para o amor, sentir falta de uma pessoa que eu nunca tive. Mas agora sinto falta de uma vida que não tenho, não tive e não sei se terei. Sinto falta de certo conforto, mas me fartei de ficar confortável no que não é meu.

As minhas expectativas sempre foram muito boas. Acho que por isso mesmo eu sempre me rasgo, me culpo ou me machuco. Não no sentido físico. Mas me flagelo com o chicotinho de pontas ásperas que crio dentro de mim.

E o amor? Bom, prefiro me endireitar primeiro... Não quero mais estender a mão para o vento... Se eu fizer isso mais uma vez, farei para sair de mãos dadas comigo mesma. Prefiro assim. Quando tudo vem muito rápido, fica difícil de segurar.

E não, não vou deixar se ser sentimental, mas, agora, com filtro.

sábado, 30 de janeiro de 2010

"A comédia da minha vida é uma privada" ou "Luciano, tira esse Papai Noel daqui!" **Já tirei Ana!

Bom, decidi que é hora de voltar a escrever aqui...
Afinal, esse lugar, onde a alegria e a tristeza são motivos de algumas risadas, está de roupa nova (feita pelo primo Luciano Monteiro. Falando nisso; Tira esse Papai Noel!) para receber os meus melhores e piores textos.

Confesso que alguns motivos me deixaram distante desse meu mundinho particular compartilhado.

A Nina, depois de 9 anos, resolveu que caçar lagartixas no céu com nuvens de edredons (onde nenhum cão toma banho) seria uma vida melhor e mais digna para alguém da sua estirpe. Foi difícil me acostumar a não ter mais em meus dias aquela carinha esnobe que tanto ignorava meus apelos de carinho. Difícil também foi dormir sem ter algo que rosna para passar meus pés. Sentirei (e sinto) falta das suas respostas sádicas, das nossas conversas, dos seus latidos e dos nossos passeios pela pracinha à procura de alguma lagartixa desavisada... À minha cachorrinha/gente dou toda a certeza do meu amor incondicional.

Outro motivo foi algumas desilusões vindas de alguém que era mote de grande parte dos meus primeiros textos... não vem muito ao caso, isso passa, espero.

Aqui também entra motivos de desilusões amorosas, solidões por falta de amigos, por estar em um lugar que não gosto e por não fazer aquilo que pretendia ser...

Por outro lado, confesso que agora tenho bons motivos que justifiquem o valor de um texto e o tempo que dedico sentando minha bunda em uma cadeira para escrevê-lo. (não, eu não comprei um cachorro novo).

Na minha vida entrou a Fabi Arêdes Casacomidaeroupalavada. É muito bom ter junto a mim uma mulher que tem os mesmos desejos que eu... Procuramos e temos objetivos compartilhados que, no fim, nos levará a uma casinha no meio do campo, onde se avistará na varanda duas velhinhas: uma bebendo vodka (ela) e outra coca-cola (eu). Metáfora para casamento... foi a única que me veio a cabeça, mesmo sabendo que ela (e muito menos eu) aceitaria uma casa no meio do nada, com carrapatos e pernilongos em escala industrial. Mas a idéia da varanda continua a mesma.

Mais um motivo que tenho para escrever é o meu Pai comédia. Um homem lindo, generoso e que nunca se esquece de mim... Ele poderia se candidatar a Papai Noel. (Lembrete¹: escrever sobre o dia em que ele me depilou. Lembrete²: Luciano, tira esse Papai Noel daqui!)

Na verdade, como no fim “tudo vira bosta” e descartamos tudo em nossa privada particular, notei que tudo pode ser motivo para um bom (ou péssimo) texto.

Mais na verdade ainda, voltei a escrever nessa merda porque o meu primo Luciano Fucking Monteiro (o tal do layout) ameaçou de deletar o meu blog caso eu não voltasse a escrever. Pronto, falei.